Nos dias 25 e 26 de julho de 2013 uma equipe de profissionais do ensino participaram do curso de formação continuada Currículo e Avaliação. Foi um momento muito especial de conhecimento e avaliação do cotidiano escolar.
Os temas foram:
INDAGAÇÕES SOBRE O CURRÍCULO - CURRÍCULO e AVALIAÇÃO
O ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS
DA REDE REGULAR
DESAFIOS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Os textos que foram estudados estão disponíveis nos links abaixo:
Vídeos que abrilhantaram nosso curso:
Um documento foi elaborado pela equipe de estudo. Segue o texto em sua íntegra:
Após leitura e discussão do texto: INDAGAÇÕES
SOBRE O CURRÍCULO - CURRÍCULO e AVALIAÇÃO, enviado pela Gerência de Ensino, o grupo de cursistas chegou à conclusão
que, a função da avaliação é diagnóstica e que a avaliação na escola é
utilizada para verificar se houve ou não aprendizagem e se necessário retornar
ao conteúdo. Discutiu-se que a avaliação quantifica a aprendizagem do aluno,
por esse motivo ela traz benefício aos alunos.
De acordo com o
PPP da Unidade Escolar, quanto às avaliações, a Unidade Escolar se utiliza dos
itens: participação, interesse, frequência, provas orais e escritas (Prova objetiva, Prova
disertativa, trabalhos em classe, individuais ou em grupos); utiliza-se
também de resultado de
estudos e ou pesquisas, para fortalecer a argumentação, a pertinência, a
coerência, o foco, a expressão oral, o respeito, a aceitação, a originalidade e
a capacidade de elaboração própria do
aluno: Seminário,
debate, discussão, Relatórios, Obsevação: orientação e acompanhamento,
Autoavaliação e portifólio.
Dentro da perspectiva “Avaliar, para o senso comum,
aparece como sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou
conceito”. Porém, nós, professores, temos o compromisso de ir além do senso
comum e não confundir avaliar com medir.” (p.3), destacamos em nossa escola
algumas práticas avaliativas que ‘foge’ à lógica da classificação e da seleção.
Uma delas é o projeto de teatro – Através da leitura de um livro e reconstrução
de sua história resultando em apresentação; na aula de matemática se usou uma
forma de avaliação na sala de informática alguns alunos superaram seus limites;
jogos pedagógicos.
De acordo com a afirmativa: “Em uma prática de
avaliação formativa, o instrumento de registro do professor deve ter o
propósito de acompanhar o processo de aprendizagem de seus estudantes. A
finalidade é registrar este acompanhamento, os avanços e recuos dos estudantes,
a fim de informar o professor acerca do processo, para que, assim, possa mediar
e traçar estratégias de ação adequadas a cada estudante e às suas
potencialidades.” (p. 11), destacamos que, entre os
instrumentos avaliativos elaborados coletivamente na unidade escolar, temos no
Ensino Fundamental Anos Iniciais um registro anual individual, que serve de
subsídio para o professor do ano seguinte. Também é utilizado o boletim
descritivo. No coletivo, o registro se refere à nota no boletim do aluno. Ainda
não se construiu uma forma avaliativa que acompanhe os avanços dos alunos.
Dentro da proposta da rede estadual de educação em
Santa Catarina, que desde 2007 não pratica mais a retenção dos alunos nos 1º,
2º, e 4º anos das séries iniciais, bem como nas séries da matriz de 08 anos, não
podemos afirmar que os alunos aprendem menos, mas a Política de ensino deveria
garantir subsídios para o acompanhamento dos alunos com dificuldades, a
reprovação também não garante maior qualidade de ensino. Discutimos que o
diagnóstico do déficit na aprendizagem realizado
no 2.° ano poderia ser muito eficaz
para o desenvolvimento do aluno ao invés de esperar que o seja retido no 3.° ano e só então sugestionar prováveis patologias
cognitivas.
Encontramos
muitas dificuldades em pensar quais modificações a unidade escolar poderia
sugerir para a avaliação do Ensino Médio. Não há conhecimento suficiente entre
nossos professores sobre as mudanças na matriz curricular desta etapa da
educação básica.
Após leitura e
discussão do texto O ACESSO DE ALUNOS
COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR discutiu-se que
a presença do SAEDE, veio complementar, apoiar e suplementar o processo de
ensino aprendizagem. Também o SAEDE vem atendo os alunos especiais e orientando
os familiares no contraturno escolar; outra grande conquista da nossa escola
foi à presença dos segundos professores para atendimento aos alunos com
diagnóstico de deficiências cognitivas; o Programa Mais Educação também auxilia
muito aos alunos com defasagem de aprendizagem e ajuda na socialização e
aceitação dos alunos excluídos por fatores sociais. (Estes alunos ficam mais 3
horas na escola podendo assim criar vínculos familiares com os monitores,
professores e coordenadores do programa); falando em acessibilidade, nossa
escola também está bem estruturada.
Diante da inserção dos alunos deficientes na rede
regular de ensino e de acordo com a frase: “As escolas devem ser espaços
educativos de construção de personalidades humanas autônomas, críticas, nos
quais as crianças aprendem a serem pessoas.”, podemos dizer que essa inserção
em nossa unidade escolar foi uma ação positiva tanto para a socialização como
para o aprendizado dos mesmos. O aluno foi beneficiado estando inserido na
escola bem como a escola também foi beneficiada, pois passou a compreender um
pouco mais o diferente e a valorizar a socialização de todos.
Quanto à
avaliação do serviço de atendimento aos alunos com deficiência, a nossa escola
está iniciando o processo de compreensão. Percebemos que ainda falta muito para
atender a viabilização de uma escola inclusiva.
Em relação ao
conceito que a equipe pedagógica e administrativa da unidade escolar tem do
real significado de uma Escola Inclusiva, a equipe necessita de: estudo,
discussão e quebra e paradigmas, para que tenha um olhar especial em relação a este
tema.
Após
leitura e discussão do texto DESAFIOS PARA O
ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA discutiu-se que na implantação nos
currículos escolares, livros didáticos, PPP e nos processos de formação inicial
e continuada de professores, nossa unidade escolar contempla no PPP a
inclusão da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, conforme a
Lei n.º11.645 de 10/03/2008. Queremos destacar que consta no PPP o seguinte
parágrafo do artigo 26: § 2o Os
conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas
brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira.
Nos currículos da nossa unidade escolar está contemplada
a
inclusão da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.
Nos livros didáticos dos 5.° anos, comentou-se que, no ano de 2012 o conteúdo
estava bem abordado, mas no livro deste ano (2013) não há abordagens referida
ao tema. Está disponível na biblioteca a coleção “África em nós” que no ano de
2011 foi bem trabalhado e finalizado com uma apresentação significativa: http://gertrudesbentacosta.blogspot.com.br/2010/10/video-professores-benta-costa-2010.html.
As
formações continuadas realiadas pela Gerência atingiram muitos dos nossos
professores no decorrer do tempo. Dentro da unidade escolar, há pouco tempo
para reuniões e quando temos este momento, fica difícil abordar muitos temas,
ficando em segundo plano os estudos específicos relativos à diversidade. Essas
temáticas não têm sido privilegiadas como objeto de estudo para alunos e
professores, apenas em momentos especiais são abordados os
temas, como nas datas comemorativas ou em momentos acordados em calendário
escolar.
Nosso grupo não vê
o racismo como obstáculo do direito à educação dentro da nossa unidade escolar,
pois a partir da lei Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, quando implantada a “educação para
todos”, nossos alunos passaram a ver o diferente como parte do sistema. Por
outro lado, dentro de um contexto geral, o racismo tem que ser entendido
como um obstáculo à garantia do direito humano à educação porque ele limita as
oportunidades, as condições para que a população negra seja reconhecida como
detentora de direitos.
A temática racial abrange muitas
outras pessoas além dos negros e índios. Podemos destacar o bulying contra os
alunos considerados CDFs ou NERDs (especialmente os asiáticos), as loiras
(descendentes alemães, polacos) entre outros.
Através
do despertar do conhecimento, baseado em exemplos vivenciados contribui-se
muito para a construção e prática de uma educação antirracista.
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Agradecimento a todos os cursistas que colaboram de forma brilhante para o bom desenvolvimento do curso obtendo 100% de comparecimento:
Alvanete Ersching Quandt
Ana Paula Luciano de Amaral
Dilson Gonçalves
Eliane
Gonçalves Lopes Tomelin
Eliete Bernardino Amaral Benfica
Ernesta Maria Bernardes de Jesus
Lenita de Villa
Lucia Alves Goulart
Luciano Vicente Lopes
Mari Luci Ritzmann
Patrícia Santos Nunes
de Oliveira
Rosemary Feranandes
Sueli de Fátima
Biondo
Agradecimentos também aos professores que não participaram inteiramente do curso, mas contribuíram não só em presença física, mas também em presença intelectual:
Grazielli Daiani Leitzke Siedschlag
Pedro Paulo da Silva
Paulo Sérgio Gonçalves
Verônica Moser
Agradecimentos também aos professores que não participaram inteiramente do curso, mas contribuíram não só em presença física, mas também em presença intelectual:
Grazielli Daiani Leitzke Siedschlag
Pedro Paulo da Silva
Paulo Sérgio Gonçalves
Verônica Moser
Agradecimentos especiais aos colaboradores para a execução do curso:
Eliane Gonçalves Lopes Tomelin (ATP)
Lenita de Villa (Coordenadora SEDE)
Sueli de Fátima Biondo (ATP)
Rosângela Gonçalves (assessora)
Germano Schmidt (diretor)
Dilson Gonçalves (assistente de educação)
Leninha e equipe de serviços gerais.